quinta-feira, 25 de setembro de 2008

CHORE QUERIDO (JANIS JOPLIN)

Chore querido, chore querido, chore querido
Amor, bem-vindo de volta ao lar
Eu sei que ela lhe disse,
Querido, eu sei que ela lhe disse que o amava
Muito mais do que eu amei,
Mas tudo o que eu sei é que ela lhe abandonou
E você jura que você simplesmente não sabe o porquê
Mas você sabe, querido, sempre
E sempre estarei por perto se você me quiser
Venha e chore, chore querido, chore querido, chore querido
Oh amor, bem-vindo de volta ao lar
Você não sabe, querido,
Ninguém vai amar você
Do jeito eu tento?
Quem vai aceitar todo o seu sofrimento,
Querido, sua dor no coração, também?
E se você precisar de mim, você sabe
Que eu sempre estarei por perto se você algum dia precisar de mim
Venha e chore, chore querido, chore querido, chore querido
Oh, papai, como você sempre diz fazer
E quando você anda pelo mundo, querida,
Você disse que tentaria ver o fim da estrada,
Você deve descobrir depois que a estrada termina em Detroit,
Querido, a estrada também terminá em Katmandu
Você pode viajar ao redor do mundo
tentando encontrar algo a ver com a sua vida, querido,
Quando você só vai fazer uma coisa bem,
Você só vai fazer uma coisa bem para concluir nesse mundo, amor.
Você tem uma mulher esperando por você lá,
Tudo o que você sempre precisará fazer é ser um bom homem uma vez para uma mulher
E isso será o fim da trilha, querido.
Eu sei que você tem mais lágrimas para compartilhar, amor.
Então venha, venha, venha, venha, venha
E chore, chore querido, chore querido, chore querido
E se você alguma vez se sentir sozinho, querido,
Eu quero que você venha, venha para a mamãe agora,
E se você alguma vez quiser um pouco de amor feminino
Venha e baby baby baby baby baby agora
Chore querido, yeah

Cry baby, cry baby, cry baby,Honey, welcome back home.
I know she told you,
Honey I know she told you that she loved you
Much more than I did,But all I know is that she left you,
And you swear that you just don't know why,
But you know, honey I'll always,
I'll always be around if you ever want me
Come on and cry, cry baby, cry baby, cry baby,
Oh honey, welcome back home.
Don't you know, honey,Ain't nobody ever gonna love you
The way I try to do ?
Who'll take all your pain,
Honey, your heartache, too ?
And if you need me, you know
That I'll always be around if you ever want me
Come on and cry, cry baby, cry baby, cry baby,Oh daddy, like you always saying to do.
And when you walk around the world, babe,
You said you'd try to look for the end of the road,
You might find out later that the road'll end in Detroit,
Honey, the road'll even end in Kathmandu.
You can go all around the worldTrying to find something to do with your life, baby,
When you only gotta do one thing well,
You only gotta do one thing well to make it in this world, babe.
You got a woman waiting for you there,
All you ever gotta do is be a good man one time to one woman
And that'll be the end of the road, babe,
I know you got more tears to share, babe,
So come on, come on, come on, come on, come on,And cry, cry baby, cry baby, cry baby.And if you ever feel a little lonely, dear,
I want you to come on, come on to your mama now,
And if you ever want a little love of a woman
Come on and baby baby baby babe babe baby now Cry baby yeah.

Da primeira vez (LUDOV)


Da primeira vez que você me ascendeu seus olhos
desviei dos meus pois o brilho era intenso
que fatalidade você me entendeu do avesso
e pensou que eu não aceitei seu olhar
Desentendimentos marcam nossa relação
eu te digo sim e você me escuta? Não.
Não sei o que faço pra gente se acertar
outra vez, vou tentar
Preste atenção, não me entenda mal
até que eu sou uma pessoa legal
especialmente com você
e me esforço tanto pra não machucar ninguém
vamos falar a mesma língua pro nosso bem


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

esta musica hoje não me sai da mente...

Meu amo, minha flor, minha menina

Meu amor minha flor minha menina
Solidão não cura com aspirina
Tanto que eu queria o teu amor
Vem me trazer calor, fervor, fervura
Me vestir do terno da ternura
Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócioIsso é ócio
Minha cara, minha Carolina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina
Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto
Minha cora minha coralina
mais que um goiás de amor carrego destino de violeiro cego
Há mais solidão no aeroporto
Que num quarto de hotel barato
Antes o atrito que o contrato
Telefone não basta ao desejo
O que mais invejo é o que não vejo
O céu é azul, o mar também
Se bem que o mar as vezes muda,
Não suporto livros de auto-ajuda
Vem me ajudar, me dá seu bem
Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto
Zeca Baleiro

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO


Eu sou um homem fechado.

O mundo me tornou egoísta e mau.

E a minha poesia é um vício triste,

Desesperado e solitário

Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,

Com o teu passo leve,

Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender

nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil

Aonde viessem pousar os passarinhos.


Mario Quintana
Miró

PRESENÇA



É Preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,

teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento

das horas ponha um frêmito em teus cabelos...

É preciso que a tua ausência trescale

sutilmente, no ar, a trevo machucado,

as folhas de alecrim desde há muito guardadas

não se sabe por quem nalgum móvel antigo...

Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela

e respirar-te, azul e luminosa, no ar.

É preciso a saudade para eu sentircomo sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...

Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevistaque nunca te pareces com o teu retrato...

E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.



Mario Quintana

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. 3º livro. Parag. 36 a 38. Tradução: Wolfgang Leo Maar; Maria L. Mello; Oliveira Cacciola. 3ª ed

Shopenhauer faz uma perfeita distinção entre dois tipos de fenômenos que ocorrem na vida humana, o primeiro, a partir do que ele determina como o princípio da razão motivado e dirigido pela vontade, como é o caso da ciência; o segundo seria, os acontecimentos que viriam a trazer à vida humana a verdadeira essência das coisas ou como afirma no texto “o essencial permanente dos fenômenos do mundo” regidos tão somente pelas idéias e completamente desprovidos de vontade, ou como mesmo caracteriza, por “vontade desinteressada”.
A única forma para o alcance desta “vontade desinteressada” para Schopenhauer, seria algo maior, algo que ao partir das idéias, transcende o tempo, as relações, seia o que intitularíamos como Arte ,ou as várias expressões da arte.
Assim, entre os homens haveria seres providos de uma sensibilidade aguçada, capazes de enxergar a essência pela pura contemplação intuitiva, corpos que carregariam consigo uma alma bastante distinta por serem inquietas e desassossegadas, que ansiariam a todo instante pelo diferente, pelo novo, ou seja, trariam consigo, o que Schopenahuer intitulará como, o Gênio.
Qual seria o objetivo primeiro de tais “homens especiais” por intermédio do “Gênio”? Segundo Schopenhauer, a arte se demonstra a partir desta vontade desinteressada, então, a mesma teria o objetivo essencial de expressar sentimentos dos mais diversos, que se verdadeiramente desenvolvidos pelo “gênio” tornasse-iam duradouros e claros.
Shopenhauer a todo instante demonstra as diferenças pertencentes ao “Gênio” e o “filho comum da terra” assim, define também que a fantasia poderia fazer parte da genialidade, já que além dos objetos de suas idéias, estas responsáveis em proporcionar ao mesmo as “formas essências permanentes do mundo”, se utilizariam da fantasia para ampliar seus horizontes transcendendo sua realidade, o que transformaria a fantasia em companheira das idéias. Porém, a fantasia também poderia fazer parte da existência dos homens comuns, mas de maneira comum, a partir de interesses nascidos da vontade, que logo, gerariam sentimentos superficiais e efêmeros. Tais diferenças entre o Gênio e o homem comum ficam explicitas no trecho que segue:


“O homem comum, esse produto de fábrica da natureza que ela produz aos milhares todos os dias, é como dito, completamente incapaz de deter-se numa consideração plenamente desinteressada, a qual constitui a contemplação propriamente dita. Ele só pode direcionar a sua atenção para as coisas na medida em que estas possuem alguma // relação, por mais indireta que seja, com a sua vontade. Ora, como a esse respeito o exigido é sempre o conhecimento das relações, segue-se que o conceito abstrato da coisa se torna suficiente e muitas vezes mais apropriado. Assim, o homem comum não permanece por muito tempo na simples intuição, por conseguinte não prende o seu olhar por muito tempo (...) O homem genial, ao contrário, cuja faculdade de conhecimento, pelo seu excedente, furta-se por instantes ao serviço da vontade, detém-se na consideração da vida mesma e em cada coisa à sua frente esforça-se por apreender a sua idéia, naão a sua relação com as outras coisas. (P. 257)”




O Gênio, desprovido do principio da razão, segundo Schopenhauer, torna-se propenso a negligenciar os conhecimentos prudentes a racionalidade, assim o homem de gênio considerado como detentor da inspiração, pode ter grandes dificuldades de entendimento quanto aos conhecimentos que necessitam de comprovação, ou como afirma Schopenhauer: “... o tratamento lógico da matemática contraria o gênio, já que obscurece a intelecção propriamente dita, sem satisfazer, mas apenas oferecendo uma simples cadeia de conclusões...” Isto explicaria a dificuldade encontrada por grandes gênios da arte nos conhecimentos matemáticos, ou que exijam o direcionamento à faculdade de juízo. Assim, também se explicaria a não correlação da racionalidade com a alma genial, que a todo instante contempla a inquietude das paixões, a fantasia e de certa forma a insanidade.
A suposta insanidade ou a loucura determinada pelo os homens comuns e racionais, e encontradas no mundo do gênio, seria para Schopenhauer, tão somente, a sensibilidade em demasia exposta por estes seres únicos, o que demonstraria a estes mesmo homens comuns a não capacidade do alcance dos mesmos a este mundo determinado a privilegiados. Comprovando, assim, que quem se utiliza uma espécie de venda para coisas essenciais e verdadeiras, são os homens que priorizam a racionalidade. Assim, a loucura se caracterizaria como o “último meio de salvação” do gênio as aflições e as dores da alma. Já que loucura causa danos à memória, que fazem com que o real se misture com o imaginário. Além, da clara ligação do louco com o alheio ao individual como afirma Schopenhauer, já que o quê o diferencia do homem normal são as convenções nas relações no agir com o outro. Assim, a desmedida, ou seja, o extremo se tornaria o único modo de alcance as Idéias perfeitas.
No capítulo 37, Schopenhauer, afirma que a satisfação estética tornasse-ia possível por todos os homem, porém obedeceria uma escala, caso contrario, a concepção de belo na arte seria impossível. Pois, todos possuem a capacidade de priorizar a essência da idéias, claro se for possível, desprover-se do seu motivo egoísmo e de sua vontade interesseira. Assim, Schopenhauer define que o Gênio tão somente pertence a um grau elevadíssimo de abdicação de seus interesses, o que o faz perfeitamente, reproduzir e materializar em obra de arte os sentimentos provenientes das tais Idéias. No trecho a seguir, Schopenhauer afirma:


(...) O artista nos permite olhar para o mundo mediante seus olhos. Que ele
possua tais olhos a desvelar-lhe o essencial das coisa , independente de suas
relações, eis aí precisamente o dom do gênio o que lhe é inato (...).


No capítulo 38, Schopenhauer expõe considerações e diferenças sobre o belo e o sublime e como tais sentimentos ocorrem com o homem sendo por meio da natureza ou sendo por meio da arte.
Schopenhauer determina “dois componentes inseparáveis” para o conhecimento estético primeiramente o conhecimento da essência dos objetos, ou seja, da idéia, posteriormente como “puro sujeito do conhecimento destituído de vontade”, ou seja, o homem liberto das amarras e de seu egocentrismo e que conhece a essência de tais idéias. Tais princípios, segundo Schopenhauer, estariam diretamente relacionados e somente a partir da relação dos mesmos é que o gênio abandona por completo o princípio da razão. Porém, só a partir da correlação dos mesmos é através do produto deste processo, a obra de arte, que o homem desperta o sentimento de Satisfação. Porém, é necessário considerar a satisfação efêmera, nascida da natureza do homem que põem–se no mundo como ser movido por vontade, insatisfeito e egoísta, o que conseqüentemente o inclina a busca da felicidade em seus desejos externos. Segundo, Schopenhauer somente quando nos libertamos deste jogo de motivos e vontade é que o homem alcança e se desprende da “vontade interesseira” e que faz com que o homem encontre a paz e a genuína Satisfação. Como vemos do trecho abaixo:


“Quando, entretanto, uma ocasião externa ou uma disposição interna nos arranca subitamente da torrente sem fim do querer, libertando o conhecimento do serviço escravo da Vontade, e a atenção não é mais direcionada ao motivos do querer , mas, ao contrario à apreensão das coisas livres de sua relação com a Vontade, por tanto sem interesse sem subjetividade, considerando-a de maneira puramente objetiva, estando nós inteiramente entregues a elas, na medida em que são simples representações, não motivos; - então aquela paz sempre procurada antes pelo caminho do quere, e sempre fugidia, entra em cena de uma só vez por si mesma e tudo está bem conosco (...)”

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Quero o agora



Quero amá-lo sem ontem, sem depois, somente o agora importa.

Quero tê-lo em um mundo inerte atribuído apenas a ti e a mim.

Para que pensar no amanhã? Se somente o hoje nos basta para sermos felizes, até mesmo neste instante efêmero.

Para que pensar no EU?

Se nós oscilamos entre um egoísmo crônico e um altruísmo contínuo.

Nada de diferenças, distancia, classes.

Tudo é transitório.

Quero amá-lo sem pensar no amanhã

Quero senti-lo hoje.
Talvez até sem o que chamam de amor...
Em 02/02/2004

SINTONIA


Seres diferentes,
á medida que se tornam semelhantes. Porque anseiam ter algo em comum, ou talvez, por quererem ao menos completar-se...
Instintivamente adquirimos um certo altruísmo natural. Isto é sintonia.
Sintonia que nos remete ao querer bem, a amizade, ao amor, ao desejo.
Sintonia em ser elogioso, tornar-se selênico por instantes súbitos e significativos,
Sintonia em saber ser uníssono, com músicas nascidas a partir de um dulçor especial.
Sintonia em perceber a ira de um dia não muito proveitoso e saber silenciar,
Sintonia em ter bom humor para relevar
Sintonia em querer ser feliz.
10/07/2008

As conseqüências da deliberação negativa: comentário acerca do documentário “O longo caminho para casa”




O homem se define como ser individual ao mesmo tempo que social e para que sejam balanceados estes dois lados de sua natureza, o mesmo estabelece normas e regras para que a interação do seu eu com o outro se fundamente a partir dos princípios de liberdade e respeito à categoria de ser humano.
No instante em que o homem se estabelece como ser deliberador de decisões a partir de uma reflexão anterior à ação e fundamenta seus julgamentos, podemos por assim dizer, que o processo de formação de determinada conduta estaria estabelecido. Afirmamos assim, que sentimentos como tolerância, e digamos que, o seu oposto negativo, a intolerância, seriam frutos deste processo de: deliberar, decidir e agir.
Falemos, então, do pólo de maior inclinação do ser humano, a intolerância. Tal sentimento, ou podemos dizer, vício, caracteriza-se como uma espécie de egocentrismo do pensamento, ou melhor, como a tentativa de designação de uma verdade absoluta, ao mesmo tempo, que superior às idéias de outros homens. Verdade esta que não se importará em descartar os princípios e normas básicas estabelecidas por este ser único e racional em relação ao seu igual: a liberdade, o respeito, a preservação da vida.
A intolerância ao longo de nossa história tornou-se um vetor para muitas das ações humanas, expressando-se na vida social em determinados níveis. A intolerância demonstrada quando ignoramos uma pessoa no dia-a dia pelo fato de suas diferenciadas características: classe social, opção sexual, religião, sem dúvida, parte dos mesmos princípios da intolerância que levaram os nazistas à quase dizimar os judeus, ou as que levam estes mesmos judeus a constantes confrontos com os árabes na palestina. Porém, há algumas diferenças quanto à tentativa de explicações e o grau das conseqüências de tais atos, os nazistas atribuíam os males que assolavam seu povo à existência de seres inferiores, sem pátria, que se tornariam ameaças à prosperidade da raça ariana. Enquanto que as questões dos conflitos na entre os palestinos e israelenses, se justificariam, de um lado para os judeus como a luta pelo direito ao refúgio a tantas perseguições sofridas por seu povo, além de tal território ter sido prometido aos mesmos pelo próprio Deus. Já para os árabes, a motivação para tais confrontos seria justificada também por motivos religiosos, este território teria para os mulçumanos importância sagrada, pois, segundo a crença, seria o lugar onde o profeta Maomé teria sido elevado aos céus, além de acreditarem nos direitos genuínos sobre tal território em função de terem vivido neste local por muitos anos. Constatamos assim, que por trás da repulsa radical intolerante há sempre conceitos pré-estabelecidos provenientes de ideologia religiosa, cultural ou econômica.
No filme: “Um longo caminho para casa” retrata justamente a intolerância em nível elevado e avassalador, o motor para um dos momentos históricos mais vergonhosos vivenciados pela humanidade, o genocídio dos judeus pelos nazistas.
Na realidade o filme se posiciona de maneira diferenciada da maioria dos relatos do cinema que abordam tal assunto, pois demonstra realmente o caminho percorrido pelos judeus após o fim da Segunda Guerra Mundial até a criação do estado de Israel e a assimilação do mundo quanto à tragédia que quase dizimou este povo.
Deixemos claro também que não somente os judeus foram perseguidos pela feroz intolerância de Adolf Hitler, destaquemos também a perseguição ocorrida contra os homossexuais, os testemunhas de Jeová, os ciganos, os doentes mentais, ou seja, todas as pessoas consideradas inferiores à categoria de raça ariana perfeita, proposta pelo mesmo.
Através das idéias de Adolf Hitler, este mentor da estruturalização de um sistema de poder que propunha o surgimento de uma raça perfeita, fundamentada na pureza genética, unificada em uma só cultura, no caso, a alemã, sem seres inferiores, ou seja, sem indivíduos diferentes à suas características gerais. Tal homem em sua magnitude estrategista aproveitou-se das fraquezas de uma sociedade alemã desestruturada e nada próspera, após a I Guerra Mundial, para materialização de suas idéias preconceituosas e intolerantes. Primeiramente, a partir da dominação dos meios de comunicação em massa, disseminando a idéia que todos os males da sociedade alemã e do mundo provinham, segundo ele, principalmente dos judeus, que de certa forma, já carregavam uma herança religiosa envolta em instabilidades históricas com carga cultural bastante tradicional. Além, é claro, do posicionamento econômico ocupado pelos mesmos, que em meio em tantas instabilidades sociais na Europa, conseguiam manter-se economicamente estáveis.
Hitler, sem dúvidas, aplica sua estratégia baseada na suposta purificação da Alemanha e quase consegue alcançar plenamente seu objetivo maior, o extermínio dos judeus. A través de meios covardes e desumanos para tal, como: câmaras de gás, torturas das mais atrozes, fuzilamentos em massa, utilização de seres humanos como cobaias em projetos científicos e muitos outros, o que segundo estatística acarretaram mais ou menos 6 milhões de vítimas somente judeus e mais ou menos 30 milhões pessoas, consideradas por Hitler empecilho para o alcance de seu suposto jubilo.
As idéias nazistas, sem dúvida, ultrapassaram os limites da intolerância, pois, os seres humanos além de assassinados, foram subjugados a condições ínfimas de sobrevivência. O documentário nos demonstra que tais condições e tais tratamentos subumanos nunca haviam sido pensados, pois o terror e o asco que os soldados das tropas aliadas sentiram, ao se deparar com os sobreviventes em estado de subnutrição foram inevitáveis. Para os prisioneiros o momento da libertação, representou o instante em que os mesmos conseguiram perceber a que níveis degradantes haviam sido submetidos, o que ocasionariam conseqüentemente sentimentos de vergonha , de certa forma, de admissão de sua inferioridade.
O documentário relata que a suposta libertação dos sobreviventes se tornaria, tão somente, o início da luta dos judeus por melhores condições de vida e a retomada da auto-estima desse povo. Povo que mesmo após sua libertação continuou sofrendo com a intolerância, porém, agora envolto em sentimento de indiferença. Segundo o documentário, o mundo relutou em reconhecer as condições as quais teria sido submetido do povo judeu e as atrocidades praticadas pelos nazistas, indiferença esta, que poderia ser percebida devido aos tratamentos semelhantes dispensados aos judeus no campo de refugiados dirigidos pelas forças aliadas, pórem, agora com um discurso ideológico diferenciado, partindo das idéias de suposta esperança e libertação. É bastante clara a posição que os judeus ocuparam neste momento histórico, nada mais eram que uma espécie, de fardo do mundo, já que qual país aceitaria um povo miserável e que o mundo houvera rejeitado sua condição de ser humano? Qual país estaria disposto a ajudar um povo estigmatizado por suas raízes e carga histórica, proporcionado-lhes a possibilidade de futuro?
Os refugiados judeus por iniciativa própria e solitária a todo custo passaram a lutar por sua liberdade, pois como cita um dos refugiados do documentário: “os nazistas nos mataram e os aliados não nos deixam viver”. E é por esta liberdade que os judeus, a partir daquele instante fundamentaram sua esperança. É bastante evidente a perseverança de um povo que mesmo em completa degradação e que obtivera todos os seus direitos cessados, tornar real a luta inconstante por preservação de seu povo e cultura. Assim, os judeus levantaram a bandeira da verdadeira libertação, ou seja, a retomada da dignidade humana a partir da luta por um território que anos a fio, após o fim da guerra, foi almejado pelos mesmos. Assim, o mundo com intuito de “resolver” a causa judaica cria o estado de Israel em 1948, o que conseqüentemente acarretaria ao povo judeu uma nova luta,  está com novas justificativas e novas e negativas conseqüências, porém embasadas nos mesmos princípios intolerantes.
Assim, a intolerância contra o povo judeu, materializado junto aos horrores da II Guerra Mundial, levaram o homem à nova reflexão e analise sobre os princípios que regem e caracterizam a dignidade humana, assim foram criados acordos para estabelecer novas diretrizes de apóio e respeito à vida, para que o homem não seja desrespeitado e nem julgado por sua raça ou credo, para que a humanidade não cometa os mesmos erros ou que possamos, pelo menos, proceder de melhor maneira, caso tais acontecimentos venham a ocorrer e acima de tudo para que consigamos desvencilhar as gerações futuras de tais acontecimentos vergonhosos, preconceituosos e degradantes.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A falta


O beijo- Gustav Klimt

A falta do seu sorriso ou pelo menos do seu estar.
A falta que expressa o seu olhar comove o meu Ser que
também sente a necessidade de encontrar-se
A falta que o homem, tão egoísta, deixa passar
não se importando com ser e sim com o ignorar.
Em tempos mais amenos, onde os desabores sejam esquecidos,
talvez eu substitua a falta,
por você comigo
por alegria em seu olhar
por respeito ao Ser
Enfim por amor verdadeiro.