quarta-feira, 24 de março de 2010

 
Caro amigo meu
Meu caro amigo
Não desanime com o meu
Meu desabafo, querido!
O amor é Peso
Peso é o amor
Dói e desatina,
Desatina e dói,
Corrói,
o engajamento (Lembras de de meu querido Sartre?)
Engajamento, pesado que in-sustenta a leveza
A leveza do ser.
Que leveza? Tudo é pesado.

Erika Carmo

Manaus 18 de Março 2010
"Nenhum homem é uma ILHA isolada; cada homem é uma
particula do CONTINENTE,uma parte da TERRA; se um
TORRÃO é arrastado para o MAR, a EUROPA fica
diminuída, como se fosse um PROMONTÓRIO,
como se fosse a CASA dos teus AMIGOS ou
a TUA PRÓPRIA; a MORTE de qualquer
homem diminui-me, porque sou
parte do GÊNERO HUMANO.
E por isso não perguntes
por quem os
sinos dobram;
eles dobram
por TI"
(John Donne in prefácio de "Por Quem os Sinos Dobram " de Ernest Hemingway)





Um dia ganho
A estranheza do destino
Destino? Será que isto é mesmo real, racional?
Um rosto iluminado, belo
Mas a dor eu sei que está ali
Tudo fica inerte
e eu só sei sentir
Sentir a aflição.
Que presunção.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Te procuro nos azuis
no coração e no nome
Não encontro nada,
nem teus olhos azuis e tua boca rosada.
Talvez nos azuis que procuro
haja somente o vazio e a escuridão.
Você escondido em outro lugar.
Cores e tons diversos,
para eu nunca te encontrar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

8 DE MAIO

 ÀS MULHERES DA MINHA EXISTÊNCIA
Mulheres. Preciso homenagear esses seres especiais e únicos, que existem efetivamente, amam, fazem história, sofrem por amor, criam filhos, sofrem em perdê-los, lutam por seus ideais, fazem arte, são presas às paixões, tornam-se insanas, têm coragem pra suicidar-se, abdicam de si mesmas, doam-se, sofrem violências, lutam... Seres estes, com sensibilidade aguçada e complexa, que lutam todos os dias para demonstrar seu valor. Preciso declarar toda minha admiração e citar algumas destas. Obrigada por existirem: Dona Rosa (minha mãe) mulher excepcional que aprendeu a viver com a cegueira; minha vó D. Francisca sábia em seu sofrimento; Minha vó Tereza que chora por tudo e de quem eu herdei o hábito de comer peixe com as mãos; a minhas tias; a Simone de Beauvoir mulher que expressou o amor desprovido de posse e pensou efetivamente o ser mulher; a amiga e irmã Francinete lutadora determinada; a Hannah Arendt por grandiosidade; a minha amiga Adriana por sua doação completa a família; Camille Claudel por doar-se tanto a um homem a ponto de confundir-se com ele; A minhas colegas de trabalho em especial a Rejeane, Marluce, Keren, Venuzia, Kaelly a Ane futura mãe do Heitor e a todas que passaram pela Emops; a Nalú por sua objetividade e clareza; a Nayara por sua força camuflada de delicadeza; a amiga Cristhiane por inteligência e perspicácia; a Aline por sua história de vida; a Karla por sua vivacidade; a Frida Kahlo tão expressiva em seu sofrimento; a Gloria Perez e a todas as mães por suas perdas; a minha Amanda e Valéria por seu amor puro; a Nany por ser mãe do Lucas; a Cinthia por ser Mãe da Eduarda; a Joyce por sua alma irrequieta; a Clarice Lispector por belas palavras; a Silvinha por sua autenticidade; a Janis Joplin por sua voz; a Alziane por sua amizade eterna; a Madre Tereza pelo amor essencial; a ex amiga Keytte por sua fragilidade; a Maristela pela educadora inata que é; a Luiza por seu perfeccionismo; a Luma por sua perda atroz; a Fernada Takai por seu estilo;A Suzy tão decidida e feliz; a Joyce pelo Rian; a Claudia a skatista, dançarina e mãe; a Adriana Calcanhoto por seu talento;a Lyane por sua voz; a Cindy Lauper por seu estilo colorido; a Di do Bruno por sua história de amor; a Dora, por ser tão batalhadora; a Carla Bruni por sua beleza e voz; a Tarsila do Amaral por proporcionar contemplação estética efetiva; a Anita Malfati por seu talento e alma angustiada; a todas as atrizes que me fazem chorar; a Marci por ter vencido a meningite; a todas as mães de meus amigos e amigas por os terem gerado em especial a D. Tlege por sua história de vida; a todas as mulheres que sofrem com algum mal físico em especial câncer de mama; A Flor Bela Espanca por seu amor visceral; a Cora Coralina por sua poesia realista; a todas minha professoras em especial professora Socorro Jatobá por sua excepcionalidade e sensibilidade; a todas as moças da arte e filosofia Ufam; a todas as musas dos poetas; às mulheres que sofrem qualquer tipo de violência, (que tenham força pra libertar-se); a Colombina por proporcionar identificação e inspiração; a mãe do homem que amo hoje e as dos quais já amei; a Edith Piaf por sua história e voz; a Zilda Arns por sua dedicação ao outro; a Lybia Ventania por mostrar-me aos oito anos de idade, o que era poesia; a Rita Lee; a Nara Leão; a Elis Regina; às minhas amigas de infância; a todas minha primas; a Helena de Tróia, Jocasta, Eurídice, Antígona, Medéia; a Anne Frank por sua história tão sincera e atroz;a todas as mães e esposas dos desaparecidos políticos das ditaduras dos países da América Latina; as mães que sofrem com desaparecimento de seus filhos devido a tráfico humano, tráfico de órgãos, exploração sexual ou pedofilia; a Virginia Woolf por seu “gênio”; às minhas ex futuras cunhadas; as inimigas com as quais aprendi com a derrota; e a todas as mulheres que passaram por minha vida, com suas idéias, cores e existência...