quinta-feira, 19 de novembro de 2009





                                                 Edvard Munch

É certo, que ao nos dispormos a um relacionamento, interação amorosa mais especificamente,  é preciso tentar saber o quê ambos seres são capazes ou não de fazer, ou seja, de que modo as pessoas envolvidas se comportariam em certas situações.
Conflitos são  bastante comuns em um relacionamento. Porém, há um sentimento proveniente da insegurança, que para mim é um dos mais vis produtos de nosso Ser, o ciúme. Note, que o mesmo não é exclusividade dos relacionamentos amorosos, pois vemos casos extremos de ciúme, também entre amigos, familiares e até de coisas materiais.
O ciúme, sentimento que parte de um amor tão pouco sólido, nada mais é que o falta de moderação de nossa essência egoista-altruísta, como afirmo sempre. Lá no âmago de nosso Ser, é ferrenha a luta entre tais forças inerentes a nossa natureza, bem que a inclinação para o lado negativo, é o principal problema, às vezes creio que nem haja o pólo positivo. Nossos interesses, os desejos, são tão mais intensos, as necessidades quase que irracionais exaurem a coerência de nossos atos, a ponto de sermos algozes de quem amamos, de excedermos nossos limites, de transpormos as delimitações do respeito e da individualidade do outro. Pois, quando o ciúme nos tem, o único sentimento provável é o de posse. Eu quero , eu preciso , eu controlo.... Eu, eu, eu, sempre eu. No caso de ciúme, ou da maioria dos sentimentos viciantes,  pessoas, afirmam agir de tal forma, por amarem demais. O “amor” aí expressado é tão somente o desejo de manter as sensações boas, vivenciadas com a presença da outra pessoa, não a vontade de fazer a outra pessoa sentir-se bem, e sim , a necessidade em auto-satisfazer-se. Nesta hora, não se esta interessado no bem estar do outro, isto talvez, é o que menos importe.

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