terça-feira, 26 de agosto de 2008

Eu e as inumeras possibilidades...



Nietzche - Edvard Munch
Para quê definir-se? Se nós nos deparamos com inúmeras possibilidades. Carregamos a ânsia pelo novo, pela mudança, pelo movimento. Esta capacidade humana de escolha é magnífica e ao mesmo tempo assustadora. Vivo em um mundo inconstante, meus sentimentos variam com o tempo, o espaço, o meio, a inconstância dos outros e o tão almejado encontro da Felicidade só depende de meus atos. Não que isto signifique imprecisão de minha essência. Busco apenas amenizar e aceitar as diferenças e mudanças. Estas mesmas tão necessárias, e que dão sentido e colorido a vida e ao Ser. Eu em meu egoísmo devo sem dúvida doar-me aos outros. Já que minha existência seria impossível sem a reciprocidade relativa à interação com outros homens e o aflorar de sentimentos destes homens. Ao buscar libertação de sentimentos vis, que permeiam meu Ser, luto constantemente contra o emergir desta força, a partir da moderação de minhas ações e possível verdade em minhas palavras... Às vezes alcanço meu objetivo e desvencilhando-me de sentimentos viciantes, mas muitas das vezes os mesmos se apoderam de mim, e inclinar-se ao erro é inevitável...Para quê sentir medo de parecer fraco? Doar-se não é ser fraco... E sim valorizar a vida, ter o devido respeito e consideração para com os outros e acima de tudo sensibilidade na valorização sentimentos... Porém realmente nem todos os Seres humanos estão dispostos, o que é uma pena, porém o que possível tentar entender...Mas a tentativa de disseminação do amor, da amizade, da tolerância, do respeito, ou seja, das relações baseadas em genuínas intenções sem dúvida é valida... Mesmo que a decepção ronde constantemente nossas tentativas e nos faça fraquejar e até desistir, nos despertando assim imensa melancolia... Cada homem possui sua História, os medos e anseios são inevitáveis, digamos que sejamos “moldados” de acordo com que nos é oferecido... Como, uma rocha que o vento modela e a transforma de acordo com suas condições, que variam de brisas leves a ventanias agressivas, podendo assim transformar-se em perfeitas esculturas naturais ou ir aos poucos se desgastando a ponto de rolar precipício a baixo virar pó... O homem é um Ser que flutua pelo egoísmo inerente, que nada mais é que a necessidade em atender seus interesses individuais e o altruísmo contínuo que viria ser o outro pólo da necessidade, seria o produto das relações com o outro a necessidade de ser solicito, de amar... Não que isto signifique, que tal altruísmo muitas das vezes não faça parte do processo do egoísmo, já que há a possibilidade de agirmos "conforme o dever" como diria Kant... Mas novamente repito, a tentativa é válida e os belos sentimentos desinteressados são possíveis...

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